Apresentação | Welcome

[English below]

Em 2016 reunimo-nos em Braga para discutir experiências em torno do viver em|a mobilidade e debater reflexões e resultados da investigação realizada sobre (novas) culturas de tempo, espaço e distância.

Dois anos volvidos descemos ao Sul. Em Évora, 2018, propomo-nos manter o tema e alargar o debate sobre a mobilidade na contemporaneidade, olhando particularmente aos seus (com)passos, rumos e políticas.

Dispomos hoje de um significativo conhecimento teórico-conceptual em torno da mobilidade, dos seus sentidos, escalas e experiências. Este conhecimento está enformado pelas grandes questões que animam a teorização social contemporânea em torno dos usos, apropriações e representações do tempo e do espaço. Do que os une e também do que os separa.

Onde é que a investigação sobre a mobilidade nos conduziu?

Como é que este conhecimento tem sido apropriado por cientistas, profissionais e decisores políticos?

Como tem sido apropriado pela sociedade civil e incorporado ou enformado pela cultura e pela arte?

Das rotinas (aparentemente) anódinas das nossas vidas ao planeamento das organizações, cidades e regiões, que passos têm sido dados?

Que compassos enfrentados?

Que políticas desenhadas, implementadas e contestadas?

Num contexto político e social em que as mobilidades adquirem contornos diversos e conflituais, mas também preenchem a agenda das políticas de promoção cultura e turística, importa debater as novas reconfigurações das mobilidades, o papel das pessoas e dos territórios nesse processo. Interessa diagnosticar e destacar o papel das políticas dos programas institucionais e governamentais e as suas (des)adequações, no contexto das novas formas de (des)habitar. Importa também, sob o ângulo da interdisciplinaridade, interrogar o papel das diversas áreas de conhecimento, bem como as caraterísticas e potencialidades dos métodos de investigação e de intervenção que propõe, com especial acuidade no que respeita à participação e à promoção do bem-estar e qualidade de vida.

Viver em|a mobilidade é, por isso, viver entre a mobilidade pensada, planificada, desejada e antecipada mas também espontânea, improvisada, temida e evitada.

É com estas questões em pano de fundo que este seminário internacional e interdisciplinar visa discutir a experiência da mobilidade contemporânea. Por um lado, há que pensar a mobilidade como produtora de experiências, sentidos e modos de vida. Por outro, há que analisar como a mobilidade resulta de estruturas e condicionalismos, ações, planos, projetos e intenções.

O seminário Viver em|a mobilidade constitui-se como uma oportunidade para reunir investigador@s de diversas áreas científicas, bem como decisores políticos e outros profissionais, mas também representantes da sociedade civil, artistas e criador@s que ajudem a pensar, planear e aprofundar abordagens teóricas, metodológicas e de intervenção social suscitadas por velhos e novos desafios impostos pelas mobilidades contemporâneas.

Apelamos a uma participação rica e criativa, multidisciplinar e multiformato, que permita compreender as várias experiências e sentidos do viver em|a mobilidade, seja no quotidiano dos dias “banais” de pessoas e organizações, seja nos gabinetes de planeamento e intervenção social e política, seja no cenário da vida em comunidade e da produção cultural.

[EN]

In 2016, we met in Braga to discuss experiences about living mobilities, and debate reflections and results of research on (new) cultures of time, space and distance.

Two years later, we travel South. In Évora, 2018, we intend to maintain the theme and broaden the debate on mobility in the contemporary world, looking particularly at its pathways, directions and policies.

We now have a significant theoretical-conceptual knowledge about mobility, its senses, scales and experiences. This knowledge is shaped by the great questions that inspire contemporary social theorization around the uses, appropriations and representations of time and space. From what unites them and also from what separates them.

Where did mobility research lead us?

How has this knowledge been appropriated by scientists, practitioners, and policy makers?

How has it been appropriated by the civil society and embodied or shaped by culture and art?

From the (seemingly) anodyne routines of our lives to the planning of organizations, cities and regions, what steps have been taken?

What compasses have been faced?

What policies have been designed, implemented and contested?

In a political and social context in which the mobilities acquire diverse and conflicting outlines, but also fill the agenda of culture and tourism policies, it is important to discuss the new reconfigurations of mobilities and the role of people and territories in this process. It is important to diagnose and highlight the role of institutional and governmental programs’ policies, and its adequacies, in the context of new forms of inhabiting. It is also important, from an interdisciplinary perspective, to examine the role of the various areas of knowledge, and the characteristics and potentials of the research and intervention methods, particularly with regard to participation and promotion of well-being and quality of life.

Living mobilities is to live between the planned, desired and anticipated, but also spontaneous, improvised, feared and avoided mobility.

Having these questions as the backdrop, this international and interdisciplinary seminar aims at discussing the experience of contemporary mobility. On the one hand, we must think of mobility as a producer of experiences, senses and ways of life. On the other, we must analyze how mobility results from structures and constraints, actions, plans, projects and intentions.

Living Mobilities’ seminar is an opportunity to bring together researchers from diverse scientific fields, policy-makers and other professionals, as well as representatives of the civil society, artists and creators, who help to think, plan and to deepen theoretical, methodological and social intervention approaches raised by old and new challenges imposed by contemporary mobilities.

We call for a rich and creative, multidisciplinary and multiformat participation, that allows us to understand the various experiences and senses of living mobilities, whether in the everyday life of ordinary people and organizations, or in social and political planning and intervention offices, whether in the context of community life or cultural production.

Cartaz

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